Lançado em 3 de março de 2022, a minissérie televisiva disponível no Star Plus ganhou diversos prêmios nos Estados Unidos.
O elenco é composto por um time de celebridades norte-americanas de peso. Nomes como Amanda Seyfried, Dylan Minnette e Alan Ruck enriquecem a trama baseada em uma história real.
Dropout conta a saga de uma startup que luta para se tornar um negócio revolucionário prometendo mudar o mundo através de um dispositivo portátil inovador para exames de sangue. A ideia parece boa no papel mas as coisas não saem como o planejado e a empresa usa de algumas artimanhas ilegais para seguir em frente enganando centenas de milhares de pessoas durante mais de 10 anos. Nesta jornada insana da empresa, milhares de dólares foram investidos através da captação de anjos investidores e até mesmo de oportunistas. Gente do governo americano apostou nas ideias desta startup e muitos tiveram suas reputações abaladas quando a verdade veio à tona.
O que podemos colocar em discussão não é o mérito de uma empresa não ter dado certo, isso acontece nos mundos dos negócios, mas como a companhia conseguiu ludibriar muita gente importante nos Estados Unidos. A princípio o esforço revolucionário para ajudar pessoas facilitando a maneira como realizamos exames de sangue e diagnósticos de doenças é válido uma vez que muitos poderiam se beneficiar com a agilidade deste processo. Acontece que com o passar do tempo e rios de dinheiros empregados para fazer a tecnologia funcionar o negócio não apresentou resultado mas a companhia continuou capitaneando recursos de investidores fornecendo informações imprecisas do andamento tecnológico criando cortinas de fumaça para que o dinheiro continuasse entrando. Não podemos negar que o objetivo inicial era de fato glorioso mas o acobertamento da verdade transformou a empreitada em um negócio do mal, extrapolando o bom senso e tornando-se um empreendimento prejudicial uma vez que muitas pessoas chegaram a ser diagnosticadas erroneamente com doenças que não tinham.
"A pergunta que faço é: como os poderosos americanos se permitiram ser enganados por uma companhia por tanto tempo?."
Uma resposta que me vem à mente é que agendas progressistas têm uma parcela de culpa nessa lama toda. Primeiro que a CEO da companhia era uma mulher, branca, linda e de classe social alta. Temos em nossa história recente muitos nomes que encabeçam revoluções tecnológicas tais como Elon Musk, Steve Jobs, Bill Gates, Jeff Bezos e tantos outros atores importantes. Detalhes: todos são homens. Na ânsia de emplacar um nome do sexo feminino, muitas pessoas poderosas que abraçam estas agendas mais a esquerda do espectro político, fizeram vistas grossas ao andamento do projeto e se permitiram colocar a causa política frente a incapacidade da CEO em resolver a coisa e entregar o prometido. Durante a série é possível observar a babação de ovo que a imprensa americana e grandes veículos de comunicação e até mesmo políticos de peso deram credibilidade para que a companhia conseguisse ao longo dos anos obter vantagens comerciais e enganar investidores e pobres civis que nada tinham a ver com o negócio malfadado. Por fim tudo veio à tona e a empresa foi impedida de continuar a atuar no mercado causando prejuízos financeiros na casa de bilhões de dólares além de prejudicar pessoas com seus exames fraudulentos colocando a credibilidade feminina em xeque no quesito empreendedorismo. Foi um preço alto que os americanos pagaram por tentar forçar uma questão que vai muito além do que uma pauta ideológica.
Vale a pena investir um tempinho e acompanhar a minissérie e obter seu próprio ponto de vista desta história grotesca do empreendedorismo que não dá certo, não pela incapacidade, mas sim pela forçação de barra ideológica.